Lição 4 - Figuras de Notas e Pausas/ Leitura para Caixa e Teclado/ Introdução ao Toque Simples com acentos
Lição 4
Figuras de Notas e Pausas
CONCEITOS TEÓRICOS
A linguagem musical possui um sistema convencionado para que passemos para o papel o que queremos tocar ou cantar.
Vimos anteriormente que o sistema de notação musical se utiliza do pentagrama para organizar os sons em alturas. Agora veremos as Figuras de Notas e Figuras de Pausas, que nos darão a noção de duração específica de cada figura dentro dos compassos. As notas funcionam como as letras de um alfabeto, e irão nos dizer onde tocar e onde não tocar.
São elas:
As figuras tem uma cabeça, quase todas tem uma haste e muitas delas um ou mais colchetes.
A duração de cada uma, na ordem em que estão, se estabelece por uma proporção: a figura à direita tem metade do valor da que está logo antes. Por exemplo, se a semibreve dura 4 tempos, a mínima durará 2 tempos e assim sucessivamente.
Cada figura tem seu correspondente que indica onde não devemos tocar, que são as figuras de pausa.
Todas elas entre si obedecem a uma divisão proporcional de valores. Em que uma vale o dobro da seguinte ou metade do valor da anterior.
https://sites.google.com/site/cantandocomexcelencia/aula-5-grafia-musical |
Notamos que uma semibreve, figura com maior duração relativa, equivale a duração de 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias, 32 fusas e 64 semifusas.
A cada figura é atribuído um valor relativo que tem relação com um número em forma de fração no início da pauta chamado de Fórmula de Compasso. A fórmula de compasso é um número que indica a quantidade de tempos em cada compasso (numerador) e qual a figura vale um tempo (denominador).
Respectivamente, no próximo exemplo, temos um compasso com dois tempos (binário), um com três tempos (ternário) e um com quatro tempos (quaternário). São os chamados Compassos Simples.
Compassos simples são aqueles cujos tempos se constituem por figuras simples.
Mas como saber qual a figura que representa um tempo (o denominador)?
Para saber qual a figura, obedecemos uma regra na atribuição dos valores das figuras:
-
Semibreve
1
Mínima
2
Semínima
4
Colcheia
8
Semicolcheia
16
Fusa
32
Semifusa
64
No nosso exemplo, temos no denominador, o número 4. O número quatro se refere, de acordo com a nossa tabela, a Semínima. Então, a semínima é a figura que valerá um tempo.
Um compasso com dois tempos, uma semínima para cada tempo. A mesma lógica serve para os outros compassos. |
Ou seja, em um compasso 2/4 poderíamos escrever por exemplo:
Vamos Praticar!
Usando seu caderno de música, copie os exercícios e separe os compassos de acordo com a quantidade correta de tempos e escreva abaixo os tempos
a) 2/4 – dois tempos por compasso – Note que as hastes da mínima e da semínima estão para cima.
b) 3/4 – três tempos por compasso
c) 4/4 – Quatro tempos por compasso – Note que as hastes das mínimas e semínimas estão para baixo.
Podemos escrever as hastes para cima ou para baixo, e a posição da haste em relação à cabeça da nota mudará em cada caso.
Observar a escrita correta das figuras facilitará muito nosso trabalho de leitura. Também nos ajudará para que as nossas anotações não se percam, e depois de um tempo fiquemos com a sensação de: “ O que será que eu quis escrever aqui?”
LEITURA
Para ler um ritmo escrito em uma partitura precisamos ter a noção da organização temporal do que está escrito. Ou seja, basicamente, o que está escrito obedece certa regularidade obtida pelo uso de uma marcação de tempo regular. A forma de escrever as figuras também nos ajuda na identificação do número de tempos. Chamamos de escrita proporcional.
Em um compasso 2/4 por exemplo, temos dois tempos em cada compasso. Podemos contar atribuindo os números 1 e 2 para cada um dos tempos. E aplicando a duração de cada figura musical, saberemos onde tocar e onde não tocar. Foi o que exercitamos na última lição.
Lembrando que as pausas tem a mesma duração das figuras de notas.
A caixa-clara, de forma natural, não prolonga a duração do som. No caso do xilofone podemos pensar o mesmo. Para aplicar o prolongamento das figuras usamos a técnica do rulo, que veremos nas próximas lições. Então devemos ter em mente que ao aparecer uma mínima, por exemplo, nós tocamos no tempo correspondente e contamos a duração da figura.
Mas podemos usar a voz para nos ajudar a entender a duração real das notas. Pronunciando por exemplo a sílaba TA.
Semibreves, Mínimas e Semínimas – Contando os Tempos
VAMOS TOCAR!
Na Caixa 🥁
Abaixo teremos exercícios para praticar a leitura de divisões utilizando Semibreves, Mínimas e Semínimas primeiro na caixa, depois no teclado. Serão compassos de 2, 3 e 4 tempos e usaremos os movimentos Full e Tap.
Podemos tocar os exercícios de muitas formas diferentes. Mas utilizaremos a princípio somente uma das mãos executando em cada repetição. Depois somente a outra mão.
Dicas: Os objetivos são tocar nos tempos e fazer o movimento corretamente. Não corra até conseguir entender o que precisa ser feito.
No áudio, haverá uma contagem do metrônomo, de acordo com o número de tempos, como preparação antes de tocar.
Ex. 1: 4/4 - Quatro tempos por compasso. Conte em voz alta e marque com os pés 1, 2, 3, 4 e toque onde é pra tocar.
Ex. 2 - 3 / 4 três tempos por compasso
Ex. 3 - 2/4 dois tempos por compasso.
Agora é com você! 😉
Faça suas próprias combinações rítmicas utilizando Semibreves, Mínimas e Semínimas.
VAMOS TOCAR!
No Teclado 🎹
As mesmas divisões rítmicas de leitura para caixa serão utilizadas aqui no teclado e seguindo a mesma lógica: uma mão apenas em cada repetição utilizando sempre Full Strokes (toque com movimentos completos dos punhos).
Antes de tocar, identifique as notas em cada exercício. Faça o esforço para identificá-las sem precisar escrever os nomes. No início será desconfortável, mas só no início.
Novamente: no áudio haverá uma contagem do metrônomo, de acordo com o número de tempos, como preparação antes de tocar.
Ex. 4 – Qual é a primeira nota? Escrita na primeira linha suplementar inferior.
Ex. 5
Ex. 6 - O exercício será repetido quatro vezes no áudio.
Agora é com você! 😉
Utilize os ritmos dos exercícios 1, 2 e 3 de caixa e faça suas próprias composições no teclado.
Você pode junto com um amigo (a) tocar os exercícios de leitura cada um em uma caixa ou praticável, ou com uma pessoa na caixa e outro no teclado.
TÉCNICA
Vamos agora combinar os movimentos incluindo também o Full Stroke.
No vídeo:
Os exercícios de técnica
Vamos Tocar!
Na Caixa 🥁
Dica: Perceba que um sinal de acento (>) aparecerá nas notas a serem acentuadas;
Nos exercícios de um a quatro o acento se desloca do primeiro ao quarto tempo;
No exercício 5 teremos dois acentos seguidos.
Ex. 1: Down, tap, tap, Up (preparando o próximo Down)
Ex. 2: Up, Down, tap e tap
Ex. 3: Tap, Up, Down e tap
Ex. 4: Tap, Tap, Up e down
Ex. 5: Full, Down, tap e Up
Perceba que um movimento prepara o que vem a seguir.
Agora é com você! 😉
Quais combinações de movimentos além das descritas você pode fazer?
Lição 3
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Lição 5
Bibliografia
MED, Bohumil. Teoria da Música: Vade Mecum de teoria musical. 5ª edição. Brasília, DF: Musimed, 2017.
CARDOSO, Belmira e MASCARENHAS, Mário. Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo. 14ª edição. São Paulo: Irmãos Vitale, 1996.
LACERDA, Osvaldo. Compendio de Teoria Elementar da Música. 4ª edição. São Paulo: Musicália S/A, 1967.
WOOTON, John. Dr. Throwdown’s Rudimental Remedies. Nashville, TN: Row-Loff Productions, 2010.
ROCCA, Edgar Nunes. Método Completo de Bateria. Rio de Janeiro: Escola Brasileira de Música, 1986. Volume 2
COSTA, Eliseu Moreira. Material Didático e Metodologias não publicadas.