Lição 5 - Tom e Semitom/ As Colcheias: Subdividindo os tempos em duas partes

Lição 5

Escala de Dó Maior: Tom e Semitom

CONCEITOS TEÓRICOS





Melodias, como a do exemplo acima, são compostas por um conjunto de notas que se organizam no que chamamos Escala. Para tocar ou analisar uma melodia, nosso trabalho será mais fácil se reconhecermos a qual escala ela pertence.

Na figura temos o exemplo da escala modelo de Dó maior, pois se inicia na nota Dó (escrita aqui na primeira linha suplementar inferior). Tocamos essa escala utilizando apenas as teclas de baixo no teclado.

Essa escala nos servirá de modelo, mas ela não é a única. A partir dela podemos formar muitas outras. Mas para isso, precisamos entender a sua estrutura e também entender o que é Tom e Semitom.

 

Semitom é a menor distância entre duas notas. 

No exemplo acima temos a nota Mi e a nota Fá destacadas no teclado. 

Entre elas temos um intervalo de semitom.


 

Tom é o intervalo formado por dois semitons.

Temos agora com destaque no teclado as notas Fá e Sol. Perceba que entre elas há uma tecla preta. A tecla preta é dona de mais um semitom e chamaremos de Fá Sustenido. Então no caminho entre Fá e Sol temos: Fá, Fá Sustenido e Sol. Assim temos dois semitons que somados formam um tom.

 

Na escala de Dó, temos naturalmente Tons entre as notas Dó e Ré, Ré e Mi, Fá e Sol, Sol e Lá, Lá e Si.


E Semitons formados naturalmente entre as notas Mi e Fá e Si e Dó.


Cada uma das notas pode ser também chamada, ou identificada, por grau: Os sete graus da escala.

Então nossa escala modelo de Dó, temos:

do I para o II grau um tom

do II para o III grau um tom

do III para IV grau um semitom

do IV para o V grau um tom

do V para o VI grau um tom

do VI para o VII um tom

e do VII para I um semitom. O I grau aqui nada mais é que a repetição do primeiro oito notas acima, ou seja, uma oitava acima.

A essa disposição de intervalos entre as notas nomeamos como escala diatônica maior. E todas as escalas maiores terão essa mesma disposição.
 

As escalas podem ter sentido Ascendente, ou seja do grave para o agudo. Ou descendente, ou seja, do agudo para o grave.


 

 Vamos Praticar!

a) Utilizando seu caderno de música copie o exercício abaixo. Toque os intervalos no teclado e diga se a distância entre as notas é de semitom ou de tom e se é ascendente ou descendente.

 

b) Depois de copiar o exercício abaixo em seu caderno, indique os tons e semitons na escala de Dó.

 

TÉCNICA

Para esta sequência de exercícios vamos continuar utilizando somente uma das mãos a cada repetição. Só que com duas repetições do trecho para cada mão. Para indicar as repetições usaremos um símbolo de repetição, uma barra de repetição chamada de Ritornello.

Tudo que estiver entre as barras de ritornello será repetido uma vez, ou mais de uma vez com indicação.


 

Vamos Tocar!

Na Caixa 🥁

Misturando os movimentos

Dica: Identifique os movimentos utilizados indicados pelos sinais vistos anteriormente antes de tocar.


Ex. 1


 

Ex. 2

 

 

Ex. 3


  

LEITURA


Colcheias – Contando as subdivisões dividindo um tempo em duas partes


 

Nossa responsabilidade agora aumenta! Teremos que marcar os tempos com os pés e subdividir os tempos em duas partes dizendo em voz alta as sílabas Ti Ta. Ou seja, quando precisarmos tocar duas notas por tempo utilizando colcheias, cada sílaba vai para um toque ou pausa.


 

No Vídeo:

O Ti Ta em voz alta e a marcação com os pés

Executando um ritmo em colcheias com o auxílio do Ti Ta (com palmas e com as baquetas).


 

Vamos Tocar!

Na Caixa 🥁


Dica:  Usaremos ainda uma mão de cada vez para a leitura dos exercícios.

Nos áudios, como preparação, além da contagem do metrônomo, teremos a silabação Ti Ta na mesma quantidade de tempos de cada exercício.

Como opção adicional de estudo, você pode tocar os exercícios seguintes da primeira vez tudo com movimento Tap e da segunda tudo com Full. Teremos dois níveis de intensidade usando o mesmo exercício.


Ex. 4 - Utilizando Full Strokes

 

 

Ex. 5

 

 

 

Ex. 6

  


O ato de subdividir os tempos nos ajudará na precisão do que tivermos para tocar.


No Teclado 🎹

As mesmas divisões rítmicas de leitura para caixa serão utilizadas aqui no teclado e seguindo a mesma lógica: uma mão apenas em cada repetição utilizando sempre Full Strokes.

Dica: Encontre no teclado a nota mais grave e a mais aguda do exercício e posicione-se no meio antes de tocar. Use apenas uma das mãos e depois repita com a outra.

Nos áudios, teremos a contagem de preparação do metrônomo e a silabação que já estudamos nos exercícios de caixa. 😉


 

Ex. 7

   

 

Ex. 8

 

 

Ex. 9 


 


 

Agora é com você! 😉

Utilizando os exercícios de leitura rítmica 4, 5 e 6, faça suas próprias composições no teclado.


Em Dupla

O exercício se chama 8 on a hand. Ou seja, 8 Colcheias em uma mão.

No Vídeo:

Aplicação para a caixa e a aplicação para os teclados.



Vamos Tocar!

 

 


Lição 6

 

 

 

Bibliografia


MED, Bohumil. Teoria da Música: Vade Mecum de teoria musical. 5ª edição. Brasília, DF: Musimed, 2017.


CARDOSO, Belmira e MASCARENHAS, Mário. Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo. 14ª edição. São Paulo: Irmãos Vitale, 1996.


LACERDA, Osvaldo. Compendio de Teoria Elementar da Música. 4ª edição. São Paulo: Musicália S/A, 1967.


COTRIM, Gilberto Vieira. TDEM-2: Trabalho dirigido de educação musical. 11ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1999. 1º grau, 2º volume.


WOOTON, John. Dr. Throwdown’s Rudimental Remedies. Nashville, TN: Row-Loff Productions, 2010.


ROCCA, Edgar Nunes. Método Completo de Bateria. Rio de Janeiro: Escola Brasileira de Música, 1986. Volume 2


ROCCA, Edgar Nunes. O Ritmo Pelas Subdivisões. Rio de Janeiro: Groove, 1992. Volume 1.


COSTA, Eliseu Moreira. Material Didático e Metodologias não publicadas.

 

MASON, Brian S. Marching Percussion 101: Essential Drumline Warmups: Fundamental techniques for the contemporary marching percussion ensemble. Nashville, TN: Vic Firth Publications, 2009.