Lição 13 - Armaduras de Clave com Sustenidos/ As fusas e o Rulo com Toques Simples
Lição 13
Armadura de Claves com Sustenidos
CONCEITOS TEÓRICOS
Armadura da Clave (Armadura de Escala)
A armadura da escala é o conjunto das alterações (sustenidos ou bemóis) de uma escala. Trata-se das alterações características de cada escala ou tonalidade que serão agrupadas no início de cada pauta, depois da clave.
A armadura nos diz as notas que serão alteradas durante todo o trecho. No exemplo acima, sempre que as notas Fá, Dó, Sol e Ré aparecerem, serão sempre alteradas naturalmente, ou até que outro sinal indique o contrário.
Armaduras de Clave com Sustenidos
A ordem dos sustenidos na armadura: FÁ – DÓ – SOL – RÉ – LÁ – MI – SI
Para encontrar a tônica (I grau) das escalas maiores com sustenidos, basta contar uma nota depois do último sustenido da armadura.
O último sustenido é Dó. A nota que vem após o Dó é o Ré. Então a armadura é de Ré Maior.
LEITURA
Vamos tocar!
Escalas com armaduras de clave com sustenidos – Um oitava
Nos áudios os exercícios com escalas serão executados somente uma vez.
No Teclado 🎹
Ex. 1 – Sol Maior - A alteração entre parênteses é um lembrete da alteração da armadura. Chamamos de Alteração de precaução. 😉
Ex. 2 – Ré Maior
Ex. 3 – Lá Maior - Agora já sem as alterações entre parênteses.
Ex. 4 – Mi Maior
Ex. 5 – Si Maior
Ex. 6 – Fá Sustenido Maior
Ex. 7 – Dó# Maior
Dica: Aqui todas as notas são alteradas com um sustenido.
Vimos na lição anterior modelos de estudo que podemos usar em outras tonalidades. Ou seja, você pode transpor os exercícios para outra tonalidade seguindo o mesmo padrão. Transposição é a mudança de tonalidade de um trecho musical para outra tonalidade diferente.
Por exemplo, se quisermos tocar o seguinte exercício em Ré Maior, como fazer?
Dica:
Colocamos a armadura da tonalidade desejada (No caso Ré Maior, dois sustenidos);
De acordo com o padrão dos intervalos, transportamos todas as notas.
Ou seja, nosso exercício estava em Dó e queremos executá-lo em Ré. Colocamos a armadura de Ré, e as notas vão todas uma segunda ascendente (a distância entre os graus de Dó e Ré).
Vamos praticar!
Copie o exercício em seu caderno e faça a transposição do modelo acima para a tonalidade de Mi Maior (quatro sustenidos), e toque em seu teclado.
LEITURA
No Vídeo:
As fusas com base nas colcheias e semicolcheias
Uma variação do exercício 8 (quatro tempos com semicolcheias e quatro tempos com fusas).
Confira!
Com as figuras estudadas nas lições anteriores, incluindo as quiálteras, podemos também incluir as fusas ao nosso repertório.
As Fusas
Serão até 8 notas em um tempo!
Podemos subdividir as 8 Fusas utilizando duas colcheias como referência. Ou seja quatro fusas para cada metade de tempo.
Ou utilizar as semicolcheias como referência. 8 fusas são o dobro de 4 semicolcheias.
Vamos Tocar!
Na Caixa 🥁
Ex. 8
Ex. 9
Rulo com Toques Simples
Agora que estudamos as principais subdivisões com até 8 notas por tempo com toques alternados entre as mãos, estamos prontos para o nosso primeiro rudimento: Rulo com toques simples (Single Stroke Roll).
No Vídeo:
A progressão com toques simples do Ex. 12
Confira!
Podemos ter rulos com toques simples utilizando qualquer uma das figuras estudadas. Isso nos ajudará a saber qual usar em cada situação dependendo do andamento em que iremos tocar.
Por exemplo, tocar 4 semicolcheias em um andamento de 190 bpm é diferente de tocar 4 semicolcheias a 60 bpm. Por isso estudamos diversas subdivisões para que o nosso leque de opções fique mais completo.
Ex. 10
Dica: Na volta do ritornello, o baquetamento irá mudar começando com a outra mão.
Perceba a faixa de andamento para o exercício: começando em 40 Bpm podendo chegar até 92 Bpm. Isso vai acontecer em outros exercícios nesta lição.
Ex. 11
Dica: Apesar da mudança de compasso, o pulso não tem alteração.
Na volta do ritornello, o baqueteamento irá mudar começando com a outra mão.
Ex. 12 – Progressão Rítmica
Dica:
Toques sempre alternados usando o rebote da baqueta (Full Stroke - toque completo)
É essencial o uso do metrônomo e das silabações vistas até aqui.
Quando sentir-se confortável no andamento marcado, suba o andamento no metrônomo pouco a pouco.
TÉCNICA
No Teclado 🎹
Nos teclados de percussão, assim como na caixa, para prolongar a duração de uma nota devemos usar o Rulo.
O Rulo é feito quando tocamos várias repetições de toques simples alternados na mesma tecla (na mesma nota) ou em mais de uma tecla (Lição 15). Rulos são mais usados na marimba e no xilofone. Mas podemos usar também no Vibrafone e no Bells.
No Vídeo:
Os rulos na escala de Dó Maior - Ex. 14
Rulos ligados e desligados - Ex. 16
Confira!
Para a execução do rulo no teclado em uma mesma tecla, posicione as baquetas uma a frente da outra.
Direita na frente quando vamos do grave para o agudo;
Ou esquerda na frente quando vamos do agudo para o grave.
Esse posicionamento pode variar, sobretudo se precisarmos tocar notas com alterações do teclado superior. A posição das mãos e o baqueteamento devem estar a serviço da música a ser tocada.
Pratique o seguinte exercício em andamento lento e tente conectar os toques para o efeito de uma nota sustentada. Aumente o andamento apenas quando tiver controle de cada grupo de notas.
Ex. 13
Abreviaturas na escrita para percussão são sinais utilizados ou acima, ou abaixo ou cortando a haste de uma nota para indicar a execução do rulo.
O uso de abreviaturas reduz a quantidade notas escritas na pauta. Mas a quantidade de notas por tempo, a base do rulo, vai variar de acordo com o andamento da música.
Quando
rulos para notas diferentes não estiverem conectados por uma
ligadura, ou desligadas, teremos que interromper o rulo antes da próxima nota para
ouvirmos cada nota, rulo desligado.
Ex. 14 - Antes de tocar os exercícios abaixo com rulo, localize as notas e toque sem os rulos.
Ex. 15 – De qual tonalidade é essa armadura?
Ex. 16 - Quando as notas estiverem ligadas, o som deve ser conectado sem interrupção do rulo.
Agora é com você!! 😉
Experimente usar o rulo nos exercícios para os teclados das lições anteriores.
Lição 12
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Lição 14
Bibliografia
MED, Bohumil. Teoria da Música: Vade Mecum de teoria musical. 5ª edição. Brasília, DF: Musimed, 2017.
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ROCCA, Edgar Nunes. O Ritmo Pelas Subdivisões. Rio de Janeiro: Groove, 1992. Volume 1.
COSTA, Eliseu Moreira. Material Didático e Metodologias não publicadas.
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