Lição 12 - Modo Maior e Tetracorde/ Quiálteras de 5 e 7 Semicolcheias

Lição 12

Modo Maior, Tetracorde e Formação de Escalas

CONCEITOS TEÓRICOS

 

Na lição 5 vimos a escala de Dó maior para entender a organização de tons e semitons.

 

A escala de Dó maior abrange apenas as notas naturais, sem nenhuma alteração.


 

A partir dessa escala podemos formar muitas outras, e é o que vamos aprender a partir de agora!

Primeiro, o que é uma escala?

Escala é uma sucessão ascendente ou descendente de notas diferentes consecutivas.

A escala de Dó maior é uma escala diatônica, ou seja, que tem uma sequência de sete notas diferentes consecutivas. A oitava nota é a repetição da primeira.

As notas que formam a escala recebem o nome de Graus, e cada grau tem um nome específico e uma função.

 


 A tônica dá nome à escala e ao tom. É o principal grau da escala.
 

A maneira específica em que distribuímos os tons e os semitons denominamos Modos.

Estudaremos dois modos: Modo Maior e Modo Menor.


A escala de Dó maior é modelo para o modo maior.

No modo maior, os intervalos de semitons são encontrados do III para o IV, e do VII para o VIII. Nos demais intervalos, a distância é de um tom.

 

O modo maior é assim definido pois entre o I e o III grau temos uma terça Maior. E entre o I e o VI grau temos uma 6ª Maior.
 
 

Essa organização dos graus também definem a tonalidade. Tonalidade é a relação, e a dependência, que os graus de uma escala tem em relação à Tônica (1º grau).

Os graus que definem a tonalidade são o I, IV e V graus, pois entre o I e IV temos uma 4ª justa e entre o I e o V temos uma 5ª justa.

 

O modo menor tem três variações: Natural, Harmônica e Melódica. Veremos mais na lição 19.


Usaremos a escala de Lá menor natural como modelo.

No modo menor natural, os intervalos de semitons são encontrados do II para o III, e do V para o VI.

Entre os demais a distância é de um tom.


Toque, e cante junto, a Escala Maior e logo em seguida a Escala menor e perceba a diferença entre elas.


Nesta lição vamos nos concentrar no modo maior e como formar novas escalas maiores à partir da escala de Dó Maior.

 

Finalmente: Como formar novas escalas (de novas tonalidades) a partir da escala de Dó maior?

 

Podemos dividir a escala de Dó em duas partes com quatro notas cada. A cada uma dessas partes damos o nome de Tetracorde.

Percebemos que nos dois tetracordes temos entre as notas a ordem: Tom, Tom e Semitom. E entre os tetracordes a distância de um Tom. Esse é o nosso modelo.



 

Vamos usar o segundo tetracorde e formar uma nova escala a partir da nota Sol acrescentando quatro notas em sequência.


 

Percebemos que no primeiro tetracorde temos a disposição correta dos graus. No primeiro temos a ordem: Tom, Tom e Semitom entre as notas, e uma 3ª maior entre o I e o III. Mas no segundo tetracorde, a disposição não está correta.

 

Para corrigir, vamos colocar um sustenido para elevar o VII grau um semitom com um sustenido, e então teremos a escala de Sol maior formada, e todos os intervalos ajustados.


 

Toque as duas escalas de Sol e perceba a diferença entre elas.

 

Com esse processo originamos todas as escalas maiores com sustenidos. Ou seja, da escala original dividimos em dois grupos de 4 notas (Tetracorde); à partir do segundo tetracorde formaremos uma nova escala completando as notas do segundo tetracorde (grupo de quatro notas); em seguida elevamos o VII grau com um sustenido para completar a correta distribuição de Tons e Semitons.

 

À partir da escala de Sol Maior, originamos a escala de Ré Maior, e alterando o VII grau teremos dois sustenidos.


 

Vamos praticar!

No seu caderno de música:

Forme à partir da escala de Ré Maior do exemplo acima, a escala de Lá maior com três sustenidos;

À partir da escala de Lá maior forme a de Mi Maior com quatro sustenidos;

À partir da escala de Mi Maior forme a de Si maior, com cinco sustenidos.

Depois toque as escalas no teclado.

 

 

Vamos Tocar! 

No Teclado 🎹

 

Modelos para estudo de escalas maiores. 

Esses modelos podem (e devem) ser usados em todas as escalas vistas nesta lição e as que veremos a seguir. Na próxima lição veremos processo de Transposição.


Ex. 1 – Exercício em Dó Maior

 

 

Ex. 2

 

 

Um conjunto de três ou mais notas notas executadas ao mesmo tempo formam um Acorde. Quando as notas de um acorde são executadas uma após a outra, uma de cada vez, chamamos Arpejo. Vamos tocar o arpejo que começa no primeiro grau da escala de Dó Maior.


Ex. 3 – Arpejo (I, III, V e VIII graus)


 

Ex. 4 – Arpejo 2

 

 

Ex. 5 – Terças (maiores e menores) na escala de Dó maior.

  



LEITURA

  Quiálteras de 5 e 7 Semicolcheias


No Vídeo:

Veremos como subdividir os tempos em 5 e 7 partes.

Continuaremos nosso caminho usando o método Ti que ta que para subdividir os tempos.

Confira!

 


 

Quiáltera de 5 semicolcheias (Quintina)

 

 


 

É muito importante subdividir os tempos em 5 partes iguais.

Vamos praticar somente utilizando a voz para a subdivisão e os pés para a marcação dos tempos.

Perceba que a cada novo tempo a marcação do pé ocorrerá junto com a sílaba Ti.

 


 




Quiáltera de 7 semicolcheias (Septina)

 


 

É muito importante subdividir os tempos em 7 partes iguais.

Vamos novamente praticar somente utilizando a voz para a subdivisão e os pés para a marcação dos tempos. Perceba que a cada novo tempo a marcação do pé ocorrerá junto com a sílaba Ti.

 


 

 
Vamos Tocar!

Na Caixa 🥁

 

Ex. 6 – Na repetição, o baqueteamento será invertido.



 

Ex. 7


 

 Podemos ter quiálteras em qualquer quantidade de notas.

Mas as vistas até aqui são as principais usadas em compassos simples.

 

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Bibliografia

 

MED, Bohumil. Teoria da Música: Vade Mecum de teoria musical. 5ª edição. Brasília, DF: Musimed, 2017.

CARDOSO, Belmira e MASCARENHAS, Mário. Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo. 14ª edição. São Paulo: Irmãos Vitale, 1996.

LACERDA, Osvaldo. Compendio de Teoria Elementar da Música. 4ª edição. São Paulo: Musicália S/A, 1967.

COTRIM, Gilberto Vieira. TDEM-2: Trabalho dirigido de educação musical. 11ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1999. 1º grau, 2º volume.

ROCCA, Edgar Nunes. O Ritmo Pelas Subdivisões. Rio de Janeiro: Groove, 1992. Volume 1.

COSTA, Eliseu Moreira. Material Didático e Metodologias não publicadas.